Coluna da DPU no jornal Hora de Santa Catarina – Esteja pronto para votar nas eleições municipais de 2020

As eleições municipais e os processos de alistamento eleitoral e regularização cadastral foram temas da coluna Você Tem Direito desta segunda-feira (13), produzida pela Defensoria Pública da União (DPU) e publicada no jornal Hora de Santa Catarina. Confira o texto completo:

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VOCÊ TEM DIREITO – Esteja pronto para votar nas eleições municipais de 2020

Olá! Estão previstas para este ano as eleições municipais para prefeitos, vice-prefeitos e vereadores. A coluna de hoje, produzida pela Defensoria Pública da União (DPU), traz informações importantes para aqueles que precisam regularizar sua situação na Justiça Eleitoral ou têm dúvidas sobre o assunto. 

Alistamento eleitoral

O voto é facultativo para os jovens com mais de 16 e menos de 18 anos, pessoas com mais de 70 anos e analfabetos. Para os cidadãos natos ou naturalizados, que sejam alfabetizados e tenham idade entre 18 e 70 anos, o voto é obrigatório. O alistamento é a primeira fase do processo eleitoral e consiste na qualificação e na inscrição daqueles que desejam emitir o título de eleitor pela primeira vez. Para isso, é preciso comparecer no Cartório Eleitoral do município onde o cidadão reside ou trabalha. Consulte aqui os endereços e informações dos cartórios do Tribunal Regional Eleitoral (TRE) de Santa Catarina.

Os documentos necessários são a carteira de identidade ou certidão de nascimento ou casamento. A exigência é que seja um documento oficial em que conste o nome dos pais e a nacionalidade brasileira, por isso a carteira de motorista (CNH) não pode ser usada. Também é preciso ter um comprovante de residência emitido nos três meses anteriores (contas de luz, água ou telefone, nota fiscal ou correspondência) e comprovante de quitação do serviço militar para homens com idade entre 18 e 45 anos. O título de eleitor fica pronto na hora.

e-Título

O e-Título é um aplicativo que está disponível para ser baixado em tablets e celulares que possuam os sistema operacionais Android ou iOS. Para utilizar essa versão digital do documento é preciso fazer login com nome, data de nascimento, número do título de eleitor e nome do pai e da mãe. Ele fornece informações como zona eleitoral, situação cadastral, certidão de quitação eleitoral e certidão de crimes eleitorais. Para aqueles que já fizeram o recadastramento biométrico, as fotos registradas na Justiça Eleitoral estarão disponíveis no aplicativo; por isso, ele pode substituir o documento físico na hora de votar. Caso ainda não tenha feito o recadastramento, continua sendo necessário levar um documento com foto para ser identificado pelo mesário. 

Transferência de domicílio

A transferência de domicílio eleitoral, ou seja, do município de votação, deve ser feita pelos eleitores que mudaram de endereço nos últimos meses e gostariam de votar no novo local em que residem. Para isso, é preciso comparecer ao Cartório Eleitoral mais próximo com documento original com foto, título de eleitor ou e-Título (se o tiver) e um comprovante do novo endereço (pode ser original, digital ou cópia), que seja em nome do eleitor e tenha sido emitido três meses antes do atendimento.

Porém, alguns pré-requisitos para solicitar a transferência devem ser lembrados. É necessário que o eleitor tenha residência há pelo menos três meses no novo município e tenha passado um ano desde o seu alistamento eleitoral ou desde a última transferência. Segundo o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), fica isento desse critério o eleitor que seja servidor público civil, militar e autárquico, ou membro de sua família, que tenha mudado de domicílio por motivo de remoção ou transferência.

Se o eleitor tiver alguma condenação criminal é preciso que a pena tenha sido cumprida integralmente. Em casos de condenação por improbidade administrativa, a pena de suspensão de direitos políticos também deve ter sido cumprida para que a solicitação possa ser efetuada. Possíveis multas eleitorais precisam estar quitadas, entre outros requisitos. A data limite para o pedido de transferência é prevista para cinco meses antes das eleições. Depois desse período, o cadastro eleitoral fica fechado, não podendo haver mais alteração no registro do eleitor, apenas a emissão da segunda via do título.

Regularização

Deixar de votar ou de justificar a ausência em mais de três turnos consecutivos de eleições pode levar ao cancelamento do título de eleitor. Quando isso acontece, o cidadão fica impedido de tirar passaporte, renovar matrícula em estabelecimento de ensino oficial e ser empossado em concurso público, entre outras restrições. Por isso, é importante estar com a situação eleitoral regularizada. Se estiver em dúvida sobre sua situação, é possível verificá-la no site do TSE.

A primeira medida para regularização é a quitação de multas. Para isso, também é possível realizar uma consulta de débitos do eleitor e emitir o boleto de forma online. Depois é preciso comparecer a um cartório eleitoral, apresentar o comprovante de pagamento, um documento de identificação com foto e um comprovante de residência para preencher o Requerimento de Alistamento Eleitoral (RAE). Caso seja necessário, estando com a situação eleitoral regularizada é possível emitir a certidão de quitação eleitoral, documento que prova que o eleitor está em dia com suas obrigações eleitorais.

Prazo

O prazo previsto para emissão do título de eleitor, alteração de dados cadastrais e transferência de domicílio eleitoral é 6 de maio. Porém, com a declaração de pandemia do novo coronavírus (Covid-19) pela Organização Mundial de Saúde (OMS) e a aplicação de medidas para evitar a disseminação da doença, é preciso ficar atento às comunicações do Tribunal Superior Eleitoral e do Tribunal Regional Eleitoral para ter informações sobre uma possível mudança no calendário das eleições deste ano.

Auxílio

A DPU presta assistência jurídica gratuita na área do Direito Eleitoral para quem não tem condições financeiras de arcar com os custos de um advogado particular. Se precisar, procure ajuda da instituição. Em Florianópolis, o endereço é Rua Frei Evaristo, 142, Centro. No momento, em razão da pandemia do novo coronavírus, a DPU está atendendo apenas casos urgentes – em que há risco à vida, à liberdade ou possibilidade de perda de direito – e somente por telefone: (48) 99937-0645. Os contatos das unidades de Criciúma e Joinville podem ser encontrados aqui. Até mais!

Coluna da DPU no jornal Hora de Santa Catarina – Seu Voto: a campanha eleitoral na internet

A propaganda eleitoral já está autorizada, com novidades para este ano. A Defensoria Pública da União publica hoje na coluna Você Tem Direito, do jornal Hora de Santa Catarina, informações sobre a campanha eleitoral na internet. Caso deseje acessar a coluna no site da Hora de SC, clique aqui.

Coluna da DPU no jornal Hora de Santa Catarina – Crimes eleitorais

As eleições municipais estão chegando, e você deve conhecer os candidatos e suas propostas para votar com responsabilidade. Também fique de olho nas campanhas e confira se ninguém está cometendo crimes eleitorais. Este é o assunto da coluna Você Tem Direito publicada pela Defensoria Pública da União na segunda-feira (19) no jornal Hora de Santa Catarina.

Clique na imagem para aumentá-la
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Balanço 2014 – DPU tem aumento de atendimentos e perspectiva de expansão

Aprovação da PEC Defensoria para Todos no Senado, em maio de 2014
Aprovação da PEC Defensoria para Todos no Senado, em maio de 2014

Até 2022, deverá haver ao menos um defensor público federal em todos os locais que contarem com uma sede da Justiça Federal. A norma está prevista na Emenda Constitucional nº 80/2014, promulgada em junho e que representou a principal conquista institucional da Defensoria Pública da União (DPU) no ano passado. A medida tem o objetivo de assegurar a ampla defesa dos cidadãos sem condições de pagar pelos serviços de um advogado.

O defensor público-chefe da DPU em Florianópolis, Gabriel Faria Oliveira, afirma que os primeiros passos para o fortalecimento das unidades de Florianópolis e Joinville e para a criação de novos núcleos devem ser dados já em 2015. “Santa Catarina é uma das unidades da federação menos privilegiadas no processo de interiorização da DPU, mas acreditamos que teremos a regularização deste quadro ainda neste ano. Em Florianópolis e Joinville, pretendemos aperfeiçoar nosso trabalho com o projeto DPU na Comunidade e com a atuação em cidades que não são a sede da Subseção Judiciária, como São José, Biguaçu, Palhoça e São Francisco do Sul”, explica o defensor.

Oliveira lembra ainda que cidades catarinenses como Criciúma, Blumenau, Lages, Joaçaba, Chapecó, Itajaí, Brusque, Mafra, Caçador, São Miguel do Oeste, Tubarão e Laguna, entre outras, possuem Justiça Federal, mas não contam com a Defensoria Pública da União. “Estamos comprometidos em mudar esta realidade”, completou.

Setor de Atendimento na unidade de Joinville
Setor de Atendimento na unidade de Joinville. Foto: Célio Alexandre John/DPU

Números

A DPU prestou 1,66 milhão de atendimentos em 2014 em todo o Brasil, um número 12,8% maior que o registrado no ano anterior (1,47 milhão). Em Santa Catarina, foram realizados 55.460 atendimentos. O destaque ficou para a unidade de Joinville, que registrou aumento de 38% na quantidade de atendimentos e de quase 26% no número de processos judiciais acompanhados.

Célio Alexandre John, defensor público-chefe em Joinville, acredita que o aumento se deu pela consolidação da instituição na cidade, após quatro anos de sua instalação. “Também considero o aumento o reconhecimento da qualidade de todo o serviço prestado pela DPU”, afirma.

Para garantir a eficiência no atendimento, a DPU em Florianópolis passou a trabalhar no começo de 2014 com o sistema de agendamento para abertura de processos de assistência jurídica. Foram iniciados no núcleo da capital catarinense 3.771 processos e realizados 39.774 atendimentos.

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Servidor Jorge Roque atua na sala da DPU na sede da JFSC em Florianópolis

Para o servidor responsável pelo setor na DPU em Florianópolis, Douglas Moresco, a reestruturação, com a marcação de horários para novos casos, acelerou a instrução dos processos internos. “Nossos assistidos comparecem na data agendada com todos os documentos necessários, evitando tenham que retornar várias vezes para completar a documentação”, relata.

A nova sala da DPU na sede da Justiça Federal em Florianópolis foi aberta em agosto. O espaço, oferecido pela direção do Foro, fica junto ao Centro Judiciário de Solução de Conflitos e Cidadania (Cejuscon) e ao Sistema de Conciliação e Perícias Médicas (Sicopem). A sala foi visitada pelo corregedor-geral da DPU, Holden Macedo da Silva, durante a correição ordinária pela qual o núcleo da capital catarinense passou em outubro.

Atividades externas

Palestra no projeto DPU na Comunidade na Costeira do Pirajubaé.
Palestra no projeto DPU na Comunidade na Costeira do Pirajubaé

A atuação fora das unidades em Santa Catarina foi expressiva em 2014. Durante o ano, foram realizadas duas edições do projeto DPU na Comunidade – no bairro da Costeira do Pirajubaé, em Florianópolis, e, pela primeira vez, no município de Biguaçu. As etapas reuniram agentes sociais e população para tirar dúvidas sobre direitos, principalmente na área previdenciária.

Pelo segundo ano consecutivo, a DPU manteve o atendimento jurídico semanal no Centro de Atenção à Terceira Idade (Cati), em São José, a fim de facilitar o acesso aos serviços por parte dos cidadãos do município e das cidades vizinhas. O projeto foi homenageado pelo Conselho de Assistência Social de São José com uma Moção de Agradecimento, a exemplo do que já ocorrera em 2013.

As atividades alusivas ao Dia da Defensoria Pública, 19 de maio, envolveram orientação jurídica gratuita no Centro de Florianópolis. Mais de 200 pessoas compareceram à tenda montada no Largo da Alfândega para conversar sobre direitos com servidores e defensores públicos federais e estaduais. Na mesma semana, 79 agentes sociais da região da capital catarinense, entre psicólogos, assistentes sociais e agentes de saúde, receberam capacitação nas áreas de atuação da Defensoria Pública.

As eleições para presidente, governadores, deputados e senadores também contaram com o trabalho da DPU. Os defensores federais atuaram durante as votações do primeiro e do segundo turno na assistência jurídica a cidadãos detidos por suspeita de crime eleitoral nas cidades de Florianópolis, São José, Palhoça e Joinville.

Equipe da Caravana da Conciliação em Videira
Equipe da Caravana da Conciliação em Videira

Cinco regiões de Santa Catarina receberam no segundo semestre a Caravana da Conciliação, mutirão itinerante organizado pela Justiça Federal para negociar dívidas de cidadãos com a Caixa Econômica Federal. As pessoas que compareciam às audiências de conciliação sem advogado constituído receberam auxílio de defensores públicos federais. Terminaram em acordos mais de 70% das audiências realizadas nas regiões Sul, Central, Norte, Vale do Itajaí e Oeste de Santa Catarina. Também houve mutirão de conciliações com a Caixa em Joinville, com índice de 71% de acordos. Em Jaraguá do Sul, as audiências trataram de ações de desapropriação para a duplicação da BR-280.

Os dois núcleos da DPU no Estado tiveram atuação próxima à população em situação de rua. Em Joinville, a instituição passou a integrar o projeto Na Rua com Direitos, que reúne entidades para discutir intervenções e políticas públicas sobre o tema. O projeto terá novos encontros e atividades em 2015. Na capital, a DPU participou de uma abordagem noturna, a convite da Secretaria Municipal da Assistência Social, para identificar e auxiliar pessoas em situação de vulnerabilidade.

Encontro do projeto Na Rua com Direitos, de Joinville.
Encontro do projeto Na Rua com Direitos, de Joinville

O contato com outras instituições também foi estreitado com a realização de reuniões com a Secretaria Estadual de Assistência Social, a Funai e o Incra, por exemplo. No caso da última, as conversas levaram à participação da DPU no encontro com proprietários de terras na região da comunidade quilombola Invernada dos Negros, em Campos Novos, Meio-Oeste de Santa Catarina. A atividade envolveu a intermediação para o pagamento da desapropriação de terras, que, em alguns casos, já chegou à via judicial.

Destaques

Demanda frequente em Santa Catarina, a assistência na área da saúde recebeu grande atenção dos defensores públicos federais. Ações civis públicas (ACP) ajuizadas pela DPU ganharam destaque na mídia, após posicionamento da Justiça Federal. Um exemplo foi a decisão de utilização de 30% da verba destinada à publicidade pelo Estado de Santa Catarina – cerca de R$ 25 milhões – para a regularização da fila de espera de cirurgias ortopédicas. De acordo com a Superintendência dos Hospitais Públicos Estaduais, há cerca de 5,1 mil pacientes aguardando procedimentos nessa especialidade em apenas duas unidades de saúde da Grande Florianópolis.

15.09 - Hora de Santa Catarina - Coluna Você Tem Direito - Leite especial - DPU na Comunidade - Errata
Leite para crianças alérgicas foi tema de ação da DPU com o MPF e de coluna no jornal Hora de Santa Catarina

Outra ação ajuizada em 2014 busca o fornecimento gratuito de leite especial para crianças alérgicas à proteína do leite de vaca. A ACP foi ajuizada pelo Ministério Público Federal (MPF) e conta com participação da DPU.

A parceria com o MPF se repetiu na negociações envolvendo o movimento conhecido por Ocupação Amarildo, formado por famílias que se instalaram em áreas do Norte da Ilha de Santa Catarina e do município de Palhoça. Após seu deslocamento para a cidade de Águas Mornas, em terreno destinado à reforma agrária, membros da DPU, do MPF e de outros órgãos visitaram o local para conhecer o desenvolvimento da comunidade.

Na área criminal, a Justiça determinou a abertura de milhares de vagas no sistema prisional de Santa Catarina. A ação civil pública foi ajuizada pela DPU em 2011, ainda em consequência do mutirão da Força Nacional em Execução Penal da Defensoria Pública promovido no ano anterior.

31.10 - Notícias do Dia - ACP do Rio Ratones - pequena
Ação para retirar comportas de rios de Florianópolis teve destaque na imprensa

Considerada a principal obra para reparo ambiental da Ilha de Santa Catarina, a retirada das comportas sob as pontes dos rios Ratones e Papaquara também se tornou tema de ação civil pública ajuizada pela DPU e foi destaque na imprensa no segundo semestre.

Outras decisões importantes envolveram a concessão de benefício assistencial a uma diarista portadora de HIV/Aids incapaz de trabalhar; a liberação do saque do FGTS por dano de enchente, mesmo sem decreto de situação de emergência ou estado de calamidade pública; a extinção da punição por crime hediondo por meio de indulto natalino; a indenização por dano moral devido à espera de quatro meses para o recebimento de auxílio-doença; a reativação da aposentadoria para morador de rua de Florianópolis; e a condenação de um hospital a pagar indenização à viúva de um homem que morreu sem atendimento no estacionamento da unidade de saúde.

As colunas semanais publicadas durante todo o ano no jornal Hora de Santa Catarina, no espaço Você Tem Direito, abordaram temas como trabalho escravo, diabetes, câncer de mama, eleições, moradia, meio ambiente, defesa de estrangeiros, além de benefícios previdenciários e assistenciais. A parceria com o jornal está mantida para 2015, com a retomada da participação da Defensoria Pública Estadual.

Defensoria Pública da União presta assistência a cidadãos detidos durante as Eleições 2014 em Santa Catarina

Cidadãos detidos por suspeita de crime eleitoral no primeiro turno das Eleições 2014 receberam assistência jurídica gratuita da Defensoria Pública da União (DPU). Seis defensores públicos federais trabalharam de forma coordenada com a Justiça no dia 5 de outubro nas regiões dos dois maiores colégios eleitorais de Santa Catarina.

O plantão foi realizado em Florianópolis pelos defensores João Vicente Pandolfo Panitz e Fabiano Schutz Ferraro, e em Palhoça, na região da capital catarinense, pelos defensores Roberto Carlos de Oliveira e Gabriel Faria Oliveira. Em Joinville, no Norte do Estado, a atividade ficou a cargo dos defensores Célio Alexandre John e Antonio Araujo Segundo. Apenas em Palhoça houve registros de atendimentos.

O defensor Gabriel Oliveira prestou assistência jurídica gratuita a quatro cidadãos, sem advogados, detidos por suspeita de boca de urna e compra de voto. Oliveira explica que os casos de boca de urna foram solucionados por meio de transação penal, ou seja, pela substituição da ação penal por medidas alternativas, como a prestação de serviços comunitários e multa.

Para o defensor, chefe da unidade de Florianópolis, a participação da DPU foi importantíssima porque garantiu a instrução jurídica das pessoas que foram flagradas em situação que eventualmente poderiam configurar crime eleitoral. “Assim, a instituição dá execução ao comando legal que impõe ao órgão a atuação junto à Justiça da União e, especificamente, a Justiça Eleitoral”, completou.

O defensor público-chefe em Joinville, Célio Alexandre John, lembrou a importância das eleições para a democracia e destacou a atuação da DPU para que o processo ocorra dentro dos limites e da legalidade.

A ação coordenada entre DPU e Justiça Eleitoral foi definida em reunião no Tribunal Regional Eleitoral de Santa Catarina (TRE-SC) e deve ser mantida para o segundo turno da Eleições 2014, em 26 de outubro.

Justiça rejeita denúncia de compra de voto em eleição para prefeito em Santa Catarina

O Tribunal Regional Eleitoral de Santa Catarina (TRE-SC) rejeitou denúncia de compra de voto nas Eleições de 2008 e inocentou um então candidato a prefeito de São Francisco do Sul, no Litoral Norte do Estado. O político foi representado pela Defensoria Pública da União (DPU) por não ter se manifestado durante o processo nem indicado advogado.

De acordo com a denúncia da Procuradoria Regional Eleitoral, durante a campanha, um cabo eleitoral prometeu a 25 carroceiros, em nome do candidato, que “daria a eles emprego na limpeza das praias, criaria um sindicato para cuidar dos interesses da categoria, construiria uma baia para alojar os cavalos, disponibilizaria um veterinário e forneceria ração e remédio para o cuidado dos animais”. A promessa foi reforçada posteriormente, durante um churrasco, o que teria levado os trabalhadores a votar no candidato e buscar votos de amigos e familiares.

Na defesa do candidato, o defensor público federal Gabriel Faria Oliveira destacou que o fato ocorreu em setembro de 2008, sem recebimento da denúncia pela Justiça até 2014. Oliveira lembrou que o delito estava “fadado à prescrição”, uma vez que a pena provavelmente seria de um ano, hipótese em que, segundo o art. 109 do Código Penal, a possibilidade de punição se extinguiria em quatro anos. No entanto, já se passavam seis anos entre o fato e a análise da denúncia.

O juiz relator Hélio do Valle Pereira acolheu os argumentos da DPU e optou, também, por analisar o fato que originou a denúncia. Para o juiz, houve “somente uma promessa de campanha, não um ato de corrupção”. “Nesse período eleitoral se multiplicam os grandes feitos por realizar. Obras, serviços, bondades. Alardeia-se o que será em curto espaço de tempo realizado: tudo o que os antecessores não foram hábeis ou magnânimos o bastante para concretizar, ou que o candidato à reeleição ainda não pôde efetivar. Natural também que esses projetos iluminados tenham destinos específicos, moldando-se à plateia”, afirmou Pereira. De maneira unânime, os demais juízes do TRE-SC acompanharam o voto do relator e decidiram não receber a denúncia.

Atuação

A DPU é a instituição com atribuição para atuar junto à Justiça Eleitoral na defesa de quem comprovadamente não tem condições de pagar pelo serviço de um advogado. A previsão está em sua Lei Orgânica – Lei Complementar 80, de 1994, com alterações pela Lei Complementar 132, de 2009.

Coluna da DPU no jornal Hora de Santa Catarina – O dia das eleições

O primeiro turno das Eleições 2014 será no próximo domingo, 5 de outubro! Por isso, a Defensoria Pública da União traz informações sobre o que pode e o que não pode ser feito no dia da votação. Confira a coluna Você Tem Direito, publicada no jornal Hora de Santa Catarina nesta segunda-feira (29).

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